Custo de Oportunidade

No fim do século XIX, os economistas debatiam ainda o que definia o valor de um produto. Em 1914 o economista austríaco Friedrich von Wieser convenceu-se de que o valor de uma coisa era determinado por aquilo de que era preciso abrir mão para obtê-la. Ele disse que, em um mundo onde as pessoas têm carências infinitas e só dispõem de uma quantidade restrita de recursos para supri-las, a escassez criaria a necessidade de opções. Weiser chamou esse conceito de "custo de oportunidade" em Theorie der gesellschaftlichen wirtschaft (1914). Em 1935, o economista americano Lionel Robbins afirmou que a tragédia da vida humana é ter de desistir de uma coisa a fim de escolher outra.

Isto quer dizer que o custo de ir ao cinema, por exemplo, não é bem o custo do ingresso, mas o prazer que se perde ao abrir mão da segunda opção. Então, embora exista uma consequência, monetária na escolha de algo, o custo de oportunidade significa mais: você não pode assistir a um filme e patinar ao mesmo tempo. Às vezes existe o chamado custo de oportunidade, mesmo sem custo monetário. Wieser concluiu que, afinal o preço de um produto era definido pelo desejo em relação a ele, o que se media por aquilo de que as pessoas se dispunham a desistir para obtê-lo, mais do que quanto custara produzi-lo.
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