Incetivos e Salários

Os economistas americanos Carl Shapiro e Joseph Stiglitz sustentam que as empresas pagam mais que o salário de mercado porque sempre existe um núcleo de desemprego. Explicam isso com a ideia de "salários de eficiência". Os empregadores pagam mais porque vale a pena - obtêm mais dos funcionários.
Operários fazem carro na revolucionária linha de produção de
Henry Ford em 1913.
Isso deriva das "imperfeições" do mercado. Os empregadores não podem observar o esforço dos trabalhadores sem custo (problema chamado de "risco moral"). Por isso, Shapiro e Stiglitz dizem que os salários de eficiência acabam com o "corpo mole". Se os funcionários soubessem que teriam emprego assim que demitidos, seriam tentados a descuidar do serviço. Os salários mais altos e a ciência de que a demissão pode implicar um longo desemprego aumentam o custo da perda do trabalho e fazem os funcionários trabalhar melhor.
Os patrões também não podem aferir sem custo a capacidade dos trabalhadores, e os salários de eficiência devem ajudar a atrair candidatos melhores. Entre outras explicações está o desejo do empregador de aumentar o moral e reduzir a rotatividade (quanto mais alto o salário, mais fácil manter o pessoal e evitar novo treinamento). Salário altos também mantêm a saúde do trabalhador para que faça um bom serviço. Isso é mais importante nos países em desenvolvimento. Os salários de eficiência explicam ainda por que as empresas não cortam salários quando cai a demanda: os funcionários se demitiriam.
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