A lei da oferta e a natureza da procura

A quantidade de um produto que certa empresa decide produzir é determinada pelo preço a que ela consegue vendê-lo. Se os diversos custos de produção (trabalho, material, máquinas e instalações) equivalem a mais do que o mercado se dispõe a pagar pelo produto, a produção não será considerada lucrativa e será reduzida ou suspensa. Se, por outro lado, o preço de mercado de um artigo for substancialmente maior que os custos de produção, a empresa procurará aumentar a produção para ter o máximo de lucro possível. A teoria pressupõe que a empresa não tem influência sobre o preço de mercado e deve aceitar o que o mercado oferece.
Por exemplo, se o custo de produção de um computador é de $200, a produção não será lucrativa caso o preço de mercado do computador fique abaixo de $200. Por outro lado, se o preço de mercado do computador for $1 mil a empresa tentará produzir o máximo possível para maximizar os lucros. Além disso, deve-se distinguir entre custos fixos e variáveis. O exemplo acima supõe que a produção pode ser aumentada com o custo unitário de produção constante. Porém, na prática não ocorre assim. Se a fábrica de computadores só consegue produzir 100 máquinas por dia e existe demanda para 110, ela deve julgar se é mais sensato abrir uma nova fábrica, com os imensos custos adicionais decorrentes, ou vender os computadores por um preço levemente mais alto, a fim de reduzir a procura a só 100 por dia.
Os preços resultam da oferta e da procura.

Já a lei da procura vê as coisas da perspectiva do consumidor, não do produtor. Quando o preço de um bem aumenta, a procura cai inevitavelmente (exceto a de bens como remédios). Isso porque alguns consumidores não poderão mais pagar por ele ou porque decidem que podem ter mais satisfação gastando em outra coisa.
Usando o mesmo exemplo, se o computador custar apenas $50, o volume de vendas será alto, pois mais pessoas poderão comprá-lo. Por outro lado, se custar $10 mil, a procura será bem baixa, pois só os muito ricos poderão arcar com ele. À medida que aumentam os preços, cai a procura.
Não há um nível para que os preços baixem e estimulem a procura. Se o preço do computador cair abaixo de $5, todos poderão comprar um, mas ninguém precisa de mais que dois ou três computadores. Os consumidores percebem que é melhor gastar em outra coisa, e a procura se nivela.
O preço não é o único fator que influi na procura. Os gostos e as atitudes do consumidor também são um fator importante. Se um produto entra na moda, toda a curva da procura se desloca para a direita; os consumidores procuram mais produtos de cada preço. Dada a posição estática da curva da oferta, isso faz o preço aumentar. Como os gostos do consumidor podem ser manipulados por meio de técnicas como publicidade, os produtores podem influenciar a forma e a posição da curva da procura.
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